LOS ANGELES - O roqueiro e democrata Jon Bon Jovi tornou-se nesta quarta-feira o último músico a reclamar sobre o fato de a campanha presidencial do republicano John McCain utilizar músicas sem a aprovação dos artistas.
Bon Jovi, que promoveu um jantar de angariação de fundos de 30.000 dólares por pessoa para o candidato democrata Barack Obama em sua casa em Nova Jersey em setembro, disse que ficou surpreso ao ouvir a canção "Who Says You Can't Go Home" de sua banda sendo usada em comícios da candidata republicana à vice-presidência Sarah Palin nesta semana.
"Fizemos essa música como um agradecimento aos que nos apoiaram ao longo dos últimos 25 anos. A canção se tornou um bandeira para o nosso Estado de Nova Jersey e o tema para nossas parcerias no país para construir casas e reconstruir comunidades. Embora não tenham nos consultado, não aprovamos o uso da música", disse Bon Jovi em um comunicado ao site de celebridades TMZ.com.
A banda de rock Heart mandou uma carta para a campanha republicana para pedir que sua canção "Barracuda" não fosse utilizada em comícios. A música chegou a ser um tema não-oficial para Palin, e fazia referência ao apelido "Sarah Barracuda", recebido pela candidata durante os tempos de escola.
Em agosto, o roqueiro Jackson Browne processou McCain, o Comitê Nacional Republicano e o Partido Republicano de Ohio, acusando-os de usar seu hit "Running on Empty" em um anúncio de campanha sem a sua permissão.
Músicos normalmente têm pouco controle sobre como suas músicas são usadas por causa do sistema que licencia as canções para exibições públicas, baseado em uma taxa paga à Ascap, empresa que recebe os royalties no lugar dos artistas e proprietários de direitos autorais.
A canção "Barracuda" e "Who Says You Can't Go Home" de Bon Jovi são licenciadas para exibições públicas no site da Ascap.
Stevie Wonder, Kanye West, Sheryl Crow e outros músicos lançaram na semana passada um álbum com canções utilizadas em comícios de Obama. Chamado "Yes We Can: Voices of a Grassroots Movement", o álbum está sendo vendido para levantar verbas para os Democratas antes das eleições de 4 de novembro.
(Reportagem de Jill Serjeant)
Estadão.com.br
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