terça-feira, 3 de novembro de 2009

Jon Bon Jovi comemora nova e boa fase



Nesta entrevista exclusiva, no estúdio em Nova York onde Jon Bon Jovi editava seu novo disco, “The circle”, o líder do grupo Bon Jovi fala dos bastidores de seus 25 anos de estrada. Sonhando com uma volta ao Brasil, em fins de 2010, ele aprendeu a equilibrar a vida de roqueiro com a vontade de ficar mais perto dos filhos e da mulher. “The circle” é o 11º disco de estúdio da banda, de volta ao pop-rock que se tornou a sua marca.

O que fazer quando um grupo de rock chega aos 25 anos de estrada imerso em crises pessoais, com todos revoltados, querendo seguir seus próprios caminhos? Foi assim que o Bon Jovi se viu no começo de 2009, após as brigas nos bastidores da turnê “Lost highway” e de um show antológico no Central Park. Fim de linha, hora de dizer adeus? Melhor então fazer um último disco e um documentário com os melhores momentos. O filme detonou longo processo de revisão, e a despedida virou recomeço. A banda chega ao fim de 2009 pronta para voltar à estrada. Um megaesquema publicitário envolve o lançamento do documentário “When we were beautiful”, do livro de fotos e depoimentos que acompanha o filme e do CD “The circle”, nas lojas no dia 10 de novembro.

P: Como você decidiu voltar ao rock e dar nova virada em relação ao country de “Lost highway”? “The Circle” é um retorno às origens?

R: Não sei. A gente nunca volta para onde começou. Acho que é uma volta e uma evolução. A gente percebeu que ama a nossa história, a gente adora o que faz. Essas músicas são o que nós somos: fazemos música para milhões de pessoas, fazemos uma música que atravessa fronteiras e culturas. A gente fez um som contemporâneo que não tem nada de nostálgico!

P: Por que o título “O círculo”?

R: Adoro essa imagem que representa algo que nunca acaba. Tem mil significados para mim. E também, é claro, tem a ver com esse balanço de carreira que a gente fez. Nós estamos completando um círculo e iniciando outro.

P: Você queria reinventar a marca Bon Jovi?

R: Estava na hora de a gente se reinventar. Escrevi 24 canções novas assim num incrível impulso de trabalho, sempre a partir das histórias que estávamos coletando, ouvindo pelo país afora...

P: Mas não há dúvida de que este momento é de balanço dos 25 anos...

R: Claro. Mas quando digo que não há nostalgia é porque não queremos voltar ao passado. A gente teve altos e baixos, mas descobrimos que ninguém se arrepende de nada. Queremos mais, queremos ir em frente. Estamos felizes em casa, felizes com o trabalho, com o percurso. Esse disco foi mais desafiante do que qualquer outro porque trabalhamos como nunca para chegar a esse resultado. Temos canções de gaveta! Discutimos muito sobre o que vamos cortar.

P: Qual a receita para enveredar por mais uma excursão mundial depois de tanto estresse que quase destruiu a banda?

R: A gente fez um acerto: 25 shows na estrada e três semanas em casa descansando. Assim a gente vê os filhos, retoma a família, renova as baterias. Eu não quero mais me sentir sozinho às cinco da manhã num quarto de hotel, com os ouvidos zumbindo com os sons das canções do show e não ter para quem telefonar porque está tarde demais, porque estou longe demais. Quero ficar mais perto da minha mulher e dos meus filhos. Quero acompanhar meus filhos na escola, coisas que todos os pais querem fazer. Meus filhos têm 16, 14, 7 e 5 anos. Tenho quatro filhos. A gente já está do tamanho do mundo. Agora vamos cuidar mais da gente.

P: O trabalho de produção e edição está muito nas suas costas. Por quê?

R: Porque a banda tem o meu nome e tenho esse impulso de trabalho insano. Faço isso com prazer, e acertamos esse esquema para que os outros fiquem liberados para cuidar de seus projetos paralelos. Não preciso de projetos paralelos. Este é o meu projeto. Vou reduzir para 12 músicas neste disco, mas vamos trabalhar 16 porque teremos quatro inéditas para o show, que vai entrar em turnê mundial. As outras estão guardadas. Vamos depois lançar o tal disco de grandes sucessos que estávamos planejando, com algumas inéditas.

P: E quando vocês desembarcam no Brasil?

R: A gente quer fazer isso no fim de 2010. Vamos começar pelos EUA, depois temos acertados shows na Europa e em seguida vamos para a América Latina. Eu me lembro muito do Rio, das praias, da multidão de fãs... Quero voltar ao Brasil, é um país lindo, e tenho certeza de que os brasileiros compreendem tudo o que a gente fala nas letras deste disco.

P: E como você vê o futuro?

R: Estou muito feliz até aqui. Mas quero estar aberto para o que pintar. Sou do tipo que vive o presente. Eu me sinto confortável comigo mesmo e sei que isso é raro. No futuro, quero mais, e não vai ser do mesmo! (AG)

Fonte: http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=65968

 

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