Mais uma crítica ao novo álbum do Bon Jovi...
Se sentir jovem é legal e, mesmo que não esteja na sua melhor forma - em termos de criatividade - cantor continua divertindo
Bon Jovi é um dos raros exemplos, no mundo da música, que circula bem entre os amantes do rock´n´roll e do pop. Do visual glitter que marcou o início de sua carreira, ficou pouca coisa e, nos últimos anos, o cantor e sua trupe passaram, praticamente, por todos os estilos, de um flerte com os sons eletrônicos ao country, que sempre esteve ali, escondidinho, na sua obra. “The Circle”, que sai nos Estados Unidos no próximo dia 23, é um disco que remete mais a “Slipery When Wet”, de 1986, do que ao bom “Lost Highway”, de 2007. Mesmo sem um hit imediato, que ficasse gravado na cabeça já depois da segundo audição, dá para dizer que os fãs do artista vão encontra, no CD, os elementos que mais apreciam.
Também é verdade que “The Circle” soa tão conhecido como a maioria dos discos de Bon Jovi e que, depois de marretar um clipe na MTV durante duas ou três semanas, qualquer rock deste disco se tornaria um sucesso, alavancando suas vendas. Todavia, não dá para dizer que a banda retorna, depois de dois anos, renovada.
Pelo contrário, a impressão que fica é que, durante a turnê de “The Circle” suas músicas vão servir, mesmo, para a turma buscar cerveja no bar.
A primeira faixa do CD, “We Weren’t Born To Follow”, deve ser o carro-chefe da gravadora. Ela até que começa bem, com as guitarras de Richie Sambora, mas das estrofes ao refrão dá para qualquer um notar que Bon Jovi tem outras canções, no mesmíssimo estilo, muito mais inspiradas.
“When We Were Beautiful” vem em seguida, uma daquelas músicas que começa lentinha para depois explodir no coro. Pena que isso não ocorra como em “Livin On a Prayer”.
E, por falar nela, “Work For The Working Man” até que lembra seu maior sucesso, talvez. Esta é um rock bem legal, que, meio atrasado, dá mais pique para o CD. “Superman Tonight” mantém o astral, mas com uma pequena perda que não chega a comprometer.
“Bullet” mistura uma guitarra estridente com ritmos latinos na faixa mais dançante, se é que dá para chamá-la assim, deste “The Circle”. “Thorn In My Side” repete uma fórmula que, na sexta música do disco, parece estar se esgotando, mas seu andamento mais rápido garante o balanço necessário para a coisa seguir agradando.
“Live Before You Die” poderia estar na trilha sonora de “Tranformers 3”e “Brokenpromiseland na de “Duro de Matar 5”. Seriam ótimas para um momento de romance ou para a abertura do filme - dá até para escolher. Já “Love’s The Only Rule” nem para isso serviria.
“Fast Cars” traz, exatamente, o que seu título sugere. Uma música que a gente ouve e tem vontade de pegar a estrada, de vidro aberto e com o som no máximo - pena que, depois que inventaram o ar-condicionado e a chapinha para os cabelos, ninguém mais se arrisque ao desconforto.
“Happy Now” merece, mesmo, ser pulada, mas “Learn To Love” fecha a lista com um posfácio interessante, merecido.
Se “The Circle” tem um defeito, ele é trazer músicas muito parecidas entre si. Desta vez, ficou claro que a intenção é não deixar a peteca cair, mas o CD ficou sem dinâmica, como a apresentação deste DJs que parecem começar a terminar do mesmíssimo jeito.
Talvez o ouvinte mais experiente, na casa dos 40 anos, também ache meio chatinha esta história de sempre ter 17 ou 19 anos, que é a pauta de, praticamente, todas as canções.
Mas se sentir jovem é legal e, mesmo que não esteja na sua melhor forma - em termos de criatividade - o Bon Jovi continua divertindo. E rock´n´roll é diversão, certo?!
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/divers-o/musica/bon-jovi-com-uma-pegada-mais-rock-n-roll-1.34465
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