Conheça alguns feitos notáveis dos 50 anos de Jon Bon Jovi
O estadunidense John Francis Bongiovi, mais conhecido como Jon Bon Jovi, nasceu na cidade de Perth Amboy, situada no estado de Nova Jérsei, em 2 de março de 1962. Ainda quando garoto, Jon sonhava em ser um astro do rock. Fez parte das bandas Atlantic City Expressway, Raze e The Wild Ones. Antes de ser um dos vocalistas mais carismáticos do rock, ele também trabalhou no Power Station Studios, um estúdio musical gerenciado por Tony Bongiovi, primo de Jon, responsável pela produção de Pet Sematary, o maior hit dos Ramones.
Ele é contestado por uns, chamado de ‘traidor de movimento’ por
tantos outros e inevitavelmente faz parte do grupo de seletos
personagens da história da música que chegaram aos 50 anos causando
alvoroço. São pouco mais de três décadas de carreira, sempre produzindo e
superando os períodos de entre safra comuns na música.
Para comemorar o cinquentenário de Jon Bon Jovi, o Cifra Club News selecionou alguns dos infinitos fatos notáveis que o artista protagonizou no cenário musical.
Heróis da resistência
Não é pequeno o número
de bandas de “hair metal”; ou “hard farofa”; ou “poodle rock”, que
surgiram na primeira metade dos já distantes anos 80. Os Estados Unidos,
sobretudo Los Angeles, serviram de celeiro para que vários roqueiros se
agrupassem, dividissem o laquê, o delineador e fizessem um som seguindo
os ecos da turma do glam e hard rock surgida nos anos 70. Naquele
caótico cenário surgiram bandas como Poison, Warrant, Dokken e, claro, Mötley Crüe. Mas foi de Nova Jérsei, norte do país, que despontou aquela que seria uma das nomes mais importantes do movimento: Bon Jovi.
O tempo passou, os modismos vieram e se foram, muita gente ficou pelo
meio do caminho e o Bon Jovi é o único grupo daquela brilhante geração
que continua na ativa com o mesmo sucesso. Por mais que alguns poucos
continuam na estrada, o prestígio já não é mais o mesmo. Uma banda como o
Cinderella,
por exemplo, não toca em estádios lotados há quase 20 anos; já Jon Bon
Jovi e companhia atualmente figuram entre as turnês mais lucrativas,
superando a arrecadação de artistas com forte apelo popular como Lady Gaga e Katy Perry.
Não faz muito tempo e eles estiveram no Brasil e fizeram duas
apresentações apoteóticas, inclusive o show de São Paulo teve pouco mais
de 3h de duração.
Jon e seu cabelo esvoçado dos tempos de começo de carreira
A
discografia de Jon Bon Jovi é uma das mais movimentadas do rock and
roll. Entre discos de estúdio; trabalhos ao vivo; compilações e carreira
solo, ele colocou 19 trabalhos no mercado e lançou 59 singles. Músicas
emplacadas nas paradas de sucesso do mundo inteiro é uma variável
constante no trabalho de Jon. No Brasil, a popularidade dele sempre foi
alta e não é pequena a lista de canções que ele colocou definitivamente
no coração e nas prateleiras dos roqueiros brasileiros. Músicas como “Never Say Goodbye“, “Livin’ On A Prayer” e “Keep The Faith”
são apenas algumas das várias produções do artista que tocaram
exaustivamente nas rádios do país e até hoje aparecem vez ou outra nas
programações das FMs mais voltadas ao público jovem e que curte pop
rock. As trilhas sonoras de novelas também fazem parte de um terreno
dominado por Jon e seus escudeiros e eles colocaram músicas em seis
produções da TV Globo. Entre os destaque das trilhas sonoras estão as
baladas “Bed Of Roses“, da novela “Mulheres De Areia”; “Misunderstood“, da novela “Laços de Família” e a clássica “Always“, da trama “Quatro Por Quatro”.
Roqueiro de coração alado
Jon Bon Jovi desde
os “20 e poucos anos” é tudo que qualquer garoto que gosta de rock and
roll deseja ser: o líder de uma banda que atrai multidões de garotas.
Mas por mais que Jon ocupe o trono de galã, o coração dele está sob a
propriedade de Dorothea Hurley desde 1989. O casal se conheceu quando
cursavam o colegial, isto é, um pouco antes do mais novo cinquentão do
rock ser mundialmente famoso. É inegável que durante o período
compreendido entre o começo da banda e o matrimônio dos pombinhos,
muitas coisas aconteceram na vida afetiva de Jon; sobretudo uma vasta
presença de mulheres em sua cama. Apesar dos pesares, ele não gosta de
comentar sobre sua vida particular e muito menos esconde que já
aprontou algumas travessuras durante a carreira, mas nunca deixa de
mencionar que possui um ‘lar doce lar’.
Que
Jon Bon Jovi é um sujeito sagaz, ninguém dúvida. A história de sucesso
construída por ele joga por terra qualquer possibilidade de
questionamento a respeito de seu talento visionário. O músico já
declarou, por exemplo, que quando entrou para o meio musical aspirava
estampar a capa da revista Times, enquanto as outras bandas se
contentavam em aparecer na revista “Circus”. De um jeito ou de outro,
Jon conseguiu ter sucesso em outra área a não ser a música: o cinema.
Conciliar a agenda da banda com sets de gravação não é tarefa das mais
simples, mas mesmo assim ele deu um jeitinho e já atuou em 12 produções
cinematográficas, que saíram no Brasil com os títulos: “O Jogo da
Verdade” (1995), “Paixões Alucinantes” (1997), “Três Sócios Duvidosos
(1998)”, “Uma Chance Para Ser Feliz” (1998)”, “Um Anjo nas Ruas
(1999)”, “A Corrente do Bem (2000)”, “U-571 – A Batalha do Atlântico
(2000)”, “Vampiros: Os Mortos (2002)” “O Jogo da Mentira (2005)”,
“Pucked (2006)” e “Noite de Ano Novo (2011)”. Apesar das incursões
pelo mundo cinematográfico, o cantor nunca faturou Oscar ou qualquer
outro tipo de premiação. O que vale é o exemplo que ele dá de que
limitação é algo autoimposto e que a soma da com persistência com a
dedicação resulta na conquista de todos os objetivos.
Jon recebendo o abraço do presidente Obama
Bono
Vox, líder do U2, não é o único superstar do rock que pratica o
engajamento social. Em 2010, o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, inseriu Jon no “Conselho da Casa Branca para Soluções
Comunitárias”,um orgão que tem como missão assessorar Obama na procura
pelas ‘melhores maneiras de mobilizar cidadãos, ONGs, empresas e Governo
para colaborar de modo mais efetivo e solucionar os problemas da
comunidade’. Além desta veia política, ele é dono da “Soul Foundation”,
uma instituição sem fins lucrativos que visa ajudar os indivíduos
vítimas do desfavorecimento social. O músico deu uma amostra de seu
engajamento social ao inaugurar um restaurante de caridade para ajudar
os famintos de Nova Jersey, sua cidade natal. O restaurante se chama
“Soul Kitchen” e adota o sistema do ‘pague o quanto puder’. Quem estiver
com fome e não tiver dinheiro algum para pagar pela refeição pode
ajudar na limpeza do local em troca da comida. A fundação do cantor, a
“Soul Fundation” banca as despesas do aluguel do local e assim garante o
funcionamento do restaurante. O cantor afirma que acompanha de perto o
funcionamento da casa, mas se elege um “cozinheiro medíocre”. O músico
já revelou, inclusive que cuida da limpeza das louças.
Jon Bon Jovi deve ser encarado como um roqueiro de carreira exemplar.
Ele vem de uma geração na qual vários talentos foram derrotados pelo
vício ou pela falta de maturidade para manter a carreira. Em meio a
tanta turbulência, ele segue liderando uma banda que soube crescer e
envelhecer com dignidade.
Contrariando a previsão apocalíptica de
muitos, ou bem ou mal; bom ou ruim, ele chegou aos 50 anos em plena
forma física e ainda presta ótimos serviços à música. Como todo campeão
de audiência, Jon por onde passa provoca ‘cara feia’ por parte dos
críticos que são conservadores e enxergam o rock and roll com o espírito
vanguardista. A coletânea “100,000,000 Bon Jovi Fans Can’t Be Wrong”
(algo como 100,000,000 de Fãs Não Podem Estar Errados) quando foi
lançada, em 2004, de certa forma serviu para coroar os 100 milhões de
discos vendidas pela banda até então e também para silenciar aqueles que
sempre apedrejaram Jon e seus companheiros porque o um das principais
fatores para o artista seguir adiante é o sucesso entre os fãs.
Um
artista desta categoria, não aparece por aí todos os dias. São poucos
os que sobrevivem ao massacre da ‘dança das cadeiras’ promovidos pela
indústria fonográfica e quando chega ao cinquentenário, com alto índice
de produtividade, merecem todas as honrarias possíveis. Parabéns, Jon
Bon Jovi!
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